Clariçoca!

 Pregnancy Ticker

13 dezembro 2010

Do que não se entende.

Colega de trabalho.
Tomô, cara muito bacana. Mestiço com cara de japa raiz, engraçado. Daqueles que faz piada com qualquer coisa, arranca risos de todo mundo com apenas 3 palavras.
Me mudei para os EUA, mas ele e o resto do pessoal sempre fez parte das minhas boas lembranças no ambiente de trabalho lá no Brasil. Hoje ele saiu de sua casa e foi trabalhar em sua moto. Na saída da marginal para a bandeirantes, uma van fecha a sua moto. Ele bate na traseira. Morreu na hora, deixando mulher, uma filha de 13 anos e um filho de 9.
Eu sei que a única certeza da vida é a morte. Única mesmo. Eu sei que não somos nada, que andar de moto é perigoso, que pra morrer basta estar vivo. Mas hoje, nada tira a inconformidade de um cara legal, pai de 2 filhos pequenos, cheio de vida estar indo pro trabalho e morrer. Nada tira o sabor amargo da boca de saber dos planos dele que ficaram suspensos no "deixa pra depois". As férias de verão, o natal, o ano novo. O casamento da filha, a formatura do filho. Será que ele ouviu da esposa o quanto era amado? Ou soube que era um herói pro seu filho? Eu não sei. E me apavora a possibilidade das pessoas que amo não saberem o quanto são importantes, ou de eu não saber se sou importante para alguém.
Enfim. Tudo acaba, tudo. Mas essa inconformidade vai ficar aqui ainda, por um tempo.

Fica em paz, Tomô. Vai fazer graça dessa vida daqui lá no céu. E uma estrela a mais vai brilhar hoje.

5 comentários:

Keyla disse...

Viver a vida como se fosse o último dia, porque um dia realmente será... não lembro onde li, mas lembro que guardei de tal forma que tento aplicar. Não canso de dizer para meu marido, minha mamis e a pequena Mel o quanto eu os amo e els me completam. Aos amigos o qto são importantes, a família toda de quanto me são valiosos... e assim vivo a vida, que qdo não tiver mais, pelo menos eu disse enquanto pude.

Muito triste o ocorrido, que essa família que fica, receba muito amor e tenha forças para vencer a dor!

bjos

Ferna disse...

É, isso é realmente muito foda.
A gente fica sem chão, sem explicação, sem nem saber o que pensar.
E dá uma mexida. Impossível não questionar muita coisa.
E aí a gente lembra de fazer o que a Keyla disse, viver como se fosse o último dia. Não no sentido de chutar o balde, tá, até chutar uns baldinhos, mas principalmente valorizar os bons momentos, não perder muito tempo com lamentações e mostrar o nosso amor pra quem a gente ama.

Um abração pra ti!

Anne disse...

Que triste... Mas é verdade que a única certeza é a morte. Ninguém escapa. Enquanto não chega, que saibamos viver, aproveitar todos os dias, do jeito que é possível. Dizer que amamos as pessas que amamos. Isso é mesmo fundamental.

Sinto pelo que houve. Perdi um grande amigo há pouco tempo, foi difícil...
Seu amigo está em um bom lugar.
Beijos...

Luisa disse...

SINTO MTO,
E PELAS SUAS PALAVRAS SENTI A INCONFORMIDADE E A DOR COMO SE ELE TIVESSE SIDO MEU CONHECIDO.
DEUS CONSOLE A FAMILIA.
TRISTE PERDER PESSOAS ASSIM.
BJO FLOR.

Keyla disse...

Val.. estou fazendo o primeiro sorteio na no vida de margarina... ahhh, vc já está participando, tá?

bjos