Clariçoca!

 Pregnancy Ticker

29 outubro 2010

Sei lá!

Daí que o blog tá abandonado mesmo, I know. Eu fiquei 3 semanas no Brasil sem celular/computador e peguei uma gripe dusinferno. Agora eu tou de volta, na MINHA CASA. Eu sei que é estranho, mas eu já sei que minha casa é aqui e que a casa dos meus pais é só a casa dos meus pais. Eu não sei como eu consegui viver tanto tempo naquele quarto apertado, cheio de parafernalhas e com um cachorro que faz xixi aonde quer e quando quer. Tava com saudade do meu canto, do meu cachorro, da minha cama... E agora que maridão tá aqui comigo, eu não poderia desejar mais NADA! :O)

E daí que eu decidi vir postar hoje, mas por quê? Bem, uma coisa mexeu muito comigo 2 dias atrás. Isso aqui. E eu não me conformo. Não me conformo com a nossa comoção contra a morte, já que sabemos que é só questão de tempo. Mas não me conformo mesmo é com ela acontecer com tão pouco tempo. Não é natural, não é certo. Eu sei que não existe certo e errado, mas se um dia eu conhecer alguém que ache que partir aos 10 meses de idade é certo, eu JURO que esgano a tal pessoa. Não é viável pensar na dor desta mãe (que aliás, é uma guerreira sem fim) nem no completo estado de choque que uma coisa assim traz. Chorei quando li esta notícia. Me senti um caco e cada dia mais eu deixo de entender o porque de tudo. Da vida. Da esperança. Da morte. E aí me lembro de uma música do Peter Gabriel, I Grieve.

So hard to move on,
Still loving what's gone
Said, life carries on...


The news that truly shocks is the empty page.

E é verdade. A novidade que choca é a página vazia, o não mais, o nunca mais, o não saber.

E pra essa mãe? Eu não tenho o que dizer. Queria poder pedir desculpas pelo resto do mundo, pela injustiça que é tudo isso. Queria poder fazer alguma diferença positiva. Queria escrever o texto mais lindo do mundo pra arrancar a dor de desta família por pelo menos uns minutos. Sei lá. Acho que como todo o resto da humanidade, eu só queria entender os porquês.